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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um sopro de vento



Quando volto do trabalho apressada ,o vento passa pelos meus dedos suavemente como se saísse de mim.Esta sensação é tão boa que me faz pensar que alma se elevando deve causar uma sensação parecida :O corpo apressado e mortal tentando seguir em frente enquanto a alma , indiferente ao tempo e ao espaço ,não se preocupa em chegar cedo ,apenas se deixa fluir do corpo viajando os espaços em direção ao infinito.

Ana Souto

Pra dilatarmos a alma temos que desfazer
Pra nos tornarmos imortais agente tem que aprender a morrer
(Fernando Anitelli)

2 comentários:

  1. Platão dizia que antes de nascermos nossa alma visita os lugares mais belos do universo. Aí, quando nascemos nós esquecemos de tudo. E cada lembrança fica adormecida, tal qual um quadro numa sala cheia de quadros. Em cima de cada quadro há uma luz que se acende assim que nos reencontramos com o objeto de nossa admiração. Ai habita a maior declaração de amor já vista pela poesia.

    "Quando te vi amei-te já muito antes. ... Tornei a achar-te quando te encontrei." (Fernando Pessoa)

    Logo, nós não mudamos absolutamente nada. Apenas vamos nos descobrindo ao decorrer da vida.

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  2. Se isso que Platão disse for verdade ,minha alma anda muito fascinada com tantos objetos de admiração ,mas um em especial tem feito a luz do quadro brilhar mais forte.Acho que descrevo a sensação da alma sendo elevada e passeando prq já senti ,só não me lembrava

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