
Minha mãe nunca me elogiou pelos meus esforços, mas sei que ela sente orgulho do que sou .Eu sempre quis ir além, ser melhor do que a mim mesma , mas também sei reconhecer minhas limitações , aprendi em casa que tenho que dar o meu melhor , aprendi com a vida que sempre há alguém melhor do que eu , mas que isso é muito relativo, o melhor para alguns pode não ser melhor para outros .
Eu sempre fui instruída a me relacionar com os iguais a mim , mas aprendi que o diferente muitas vezes nos estende a mão muito mais do que o próximo . Já humilhei algumas pessoas , já fui humilhada , já briguei por coisas bobas e fui intolerante , mas hoje sei que a boa convivência é essencial independente de quem seja e independe se a pessoa a qual se convive é conivente com a minha atitude, e sinceramente não gosto de pessoas que dizem odiar e se afastar de tudo quanto é tipo de falsidade , muitas vezes estas pessoas são intolerantes ou são falsas consigo mesmas , não que eu faça apologia a esse comportamento mas só sabe reconhecer a verdadeira face das coisas quem convive com a mentira .
Sou uma pessoa que julga tudo , na maioria das vezes pela capa , tento muitas vezes observar as coisas a fundo e mudar minha concepção , mas o tempo me impede de saber sobre as coisas profundamente . Existe aquele ditado que nos diz para não julgarmos para não sermos julgados , pois então podem me julgar a vontade , não mudará minha vida absolutamente em nada .
Eu só não gosto de hipocrisia , fingir o ser o que não é , fingir fazer o que não faz é novamente enganar a sí próprio , indivíduos assim não evoluem pois não reconhecem seu defeitos e sendo assim não podem concertá-los .
Tudo isso eu pensei enquanto pintava a parede para minha mãe , os mínimos instantes em que posso refletir sobre os ensinamentos dela e sobre os ensinamentos do mundo são quando faço algum trabalho que me exige o minimo de raciocínio , o que é raro visto que a universidade consome os meus dias , quando penso nisso imagino que tipo de pessoa vou me tornar se não tirar alguns instantes para refletir sobre o que sou . Acho que estou ficando como eles , me afastando da sensibilidade que fazia parte do meu eu e me tornando uma pessoa mecanizada e alienada que não sabe sobre si própria , quanto mais a respeito do mundo.
Afinal , o que eu estou trazendo de bom para o mundo ? Será que a minha mãe queria que eu colaborasse com algo para o mundo?
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